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VIDA NO DIA DOS MORTOS

VIDA NO DIA DOS MORTOS

Saudações,

No ocidente, o dia 2 de novembro é dia dos mortos. Dia oficializado pela Santa Sé em 1311.

No oriente, a concepção de morte é outra. Beira a poesia. O entendimento é que assim como a natureza segue um fluxo de existência em forma de ciclos, primavera nascendo, verão fecundando, outono dando frutos e inverno morrendo para logo renascer na primavera, na concepção do viver da filosofia oriental, o ser humano também segue um ciclo de existências. Um fluir chamado de Samsara, palavra sânscrita que pode ser entendida por fluir, seguir.

Para o hindus, a alma humana, ou Atman segue reencarnando nesta Roda de Samsara buscando o máximo de aprendizado até atingir a sabedoria plena, quando o Atman, se liberta, transcendendo a existência e se fundindo em Brâman, o principio da existência, o Divino (não deve ser confundido com Brahma, que, juntamente com Vishnu e Shiva forma a tríade divina de criação,  preservação e destruição respectivamente)..

Neste vai e vem o Atman vai percorrendo Samsara eliminando carmas, termo muito utilizado aqui no Brasil designando coisas ruins que acontecem e cuja conotação não está muito distante do significado real da palavra que significa exatamente o lidar com os acontecimentos do mundo e cuja interação traz aprendizado.

Seja qual religião a sua, a idéia de uma vida além da morte, sempre se faz presente, sendo que, como dizem os kardecistas, a reencarnação é uma questão de justiça. Justiça com as almas que cumpriram seu papel nesta vida e que merecem voltar em outras para aprender mais e mais...

Daí que crendo ou não em reencarnação, em Paraíso, em Sumerland, em Samsara, ou outro conceito que valha, importante sabermos que nossa existência neste mundo, deve ser aproveitada ao máximo. Que cada dia que nasce, nasce com uma possibilidade de se fazer bem a alguém e a si mesmo.

Vivamos este dia dos mortos, por um lado, lembrando dos que já se foram, mas por outro, vivendo intensamente a vida que ainda nos pertence.

Para registro e reflexão.

Fecha o pano